O Theatro São Pedro tem uma grande estreia preparada para julho: a ópera A Raposinha Astuta, de Leoš Janáček. A ópera em três atos, com libreto do próprio compositor a partir do romance Liška Bystrouška, de Rudolf Těsnohlídek (1882-1928), será encenada no idioma original. As récitas acontecem nos dias 21, 23, 26, 28 e 30 de julho; 2, 4 e 6 de agosto. Compre seu ingresso pelo link https://feverup.com/m/129003

Os ingressos para o ensaio aberto, que será realizado no dia 19 de julho, às 18h, estarão disponíveis na bilheteria digital do Theatro 24h antes do início do espetáculo. Garanta seu ingresso gratuito aqui: https://feverup.com/m/131927

Musicalmente, a Raposinha é vista ainda como a ópera de Janácek mais influenciada pelo compositor francês Claude Debussy (1862-1918). A ópera estreou em Brno, em 6 de novembro de 1924.

A montagem inédita do Theatro São Pedro tem direção musical de Ira Levin, concepção, encenação e figurino de André Heller-Lopes, dupla que também dirigiu as montagens de Kátia Kabanová (2018) e O Caso Makropoulos (2019). A cenografia é de Renato Theobaldo e a iluminação de Fábio Retti. Franklin Dávalos assina a coreografia, Anderson Bueno o visagismo, e Melissa Màia é a figurinista associada.

No palco: Carla Caramujo (Raposinha e raposinha jovem), Denise de Freitas (Raposo), Vinicius Atique (Guarda Florestal), Giovanni Tristacci (Professor/Mosquito), Gustavo Lassen, (Harašta, o caçador de aves) e Saulo Javan (Padre/Texugo) e grande elenco.

Conheça a história

Você sabe como surgiu A Raposinha Astuta? Uma história pode nascer de diversa formas e pode também se transformar com o tempo, ganhando novos caminhos, outros aspectos e diferentes trajetórias narrativas. A ópera de Leoš Janáček teve os primórdios de sua criação de um jeito diferente daquele que imaginamos para um grande espetáculo.

Hoje nós trouxemos algumas das ilustrações que deram origem à história que vamos contar no palco, mostrando os primórdios dessa criação. Você consegue imaginar a narativa a partir dos desenhos?

A origem da obra está em uma série de mais de 200 desenhos do pintor Stanislav Lolek (1973-1936), nos quais o escritor Rudolf Tesnohlídek baseou-se para escrever Liška Bystrouška (A Raposinha Astuta), que saiu em livro em 1921, mas que antes foi publicado entre abril e junho de 1920 (junto com as ilustrações de Lolek), no jornal da cidade de Brno Lidové Noviny.

Depois disso A Raposinha ganhou diferentes roupagens e os animais de sua história aparecem para contar muito sobre perspectivas, desejos e sobre o espírito humano. A montagem inédita do Theatro São Pedro tem direção musical de Ira Levin, concepção, encenação e figurino de André Heller-Lopes.

Esse material foi disponibilizado pelo Museu de História Nacional de Šumperk – acervo de Zábřeh/Vlastivědné muzeum v Šumperku – sbírka zábřežského muzea, podsbírka historická.

Como será a nossa montagem em 2023

No Theatro São Pedro, a identidade visual da ópera ganha uma influência mais surrealista, a partir da criação de André Heller-Lopes, responsável pela concepção, encenação e figurinos, e de Renato Theobaldo, que criou a cenografia.⠀
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André Heller-Lopes conta que, para a montagem atual, optou por seguir as ideias que Janáček descrevia nas suas primeiras cartas sobre a composição.⠀

“Ou seja, me afastei totalmente da ideia de ópera infantil ou fábula, e caminhei para a questão do tempo: como os seres vivos entendem e lidam com a passagem do tempo — elemento que o compositor enfatizou ao mudar o final da história: ao invés do que acontecia nos quadrinhos originais, ele optou por retratar a morte da Raposinha e adicionar um epílogo onde seu Alter ego (O Guarda Florestal) passeia pela paisagem invernal e maravilha-se com o renascimento da natureza e os ciclos da vida”, destaca o encenador.⠀

Acompanhe a transmissão ao vivo

Imagens históricas

Quer conhecer pouquinho mais da trajetória da Raposinha Astuta para vocês. A obra já ganhou os palcos de diferentes lugares do mundo e em décadas diversas.