Preparados para a primeira estreia do ano?

Hoje quem vem nos contar um pouco mais sobre as duas óperas que abrem a temporada lírica do Theatro São Pedro em 2022 é o diretor cênico Mauro Wrona. Ele lembra que La Serva Padrona e Livietta e Tracollo, ambas de Giovani Pergolesi, foram escritas por autores napolitanos. É esse inclusive, um dos pontos de conexão entre as duas narrativas, criadas para divertir e encantar o público nesse início de ano.

Vale lembrar que os ingressos estão à venda da nossa bilheteria digital e as récitas ocorrem nos dias 17, 18, 19 e 20 de março, com Ensaio aberto ao público no dia 16.
As duas obras surgiram na história da ópera como dois intermezzi, que eram óperas curtas e divertidas colocadas no meio dos atos de óperas mais sérias. A qualidade da narrativa e da música era tão boa que La Serva Padrona acabou se destacando e se transformando na grande percussora da ópera buffa.

“Ela trata de uma questão igualitária e social. Naquela época as ideias iluministas já começavam a pregar um pouco a igualdade. Então, nesse caso, vemos a Serva que queria virar patroa, revoltada com essa questão de serva”, destaca o diretor. Na história, a Serva trabalhava desde pequena na casa de um senhor solteirão e cria uma situação em que, no fim, após o casamento, transforma-se finalmente na patroa do lugar.

Mauro destaca que essa é uma comédia doméstica, que fala de poder, dinheiro, mudança de classe, sedução. Enquanto isso, a segunda ópera, Livietta e Tracollo, menos conhecida pelo público, é mais caricata, aproximando-se da linguagem de um desenho animado.

“Podemos dizer que elas têm em comum a astúcia feminina, a Serva, por exemplo, é muito esperta, vai criando todo um plano para conseguir o que quer. E, na segunda ópera, algo parecido acontece, temos uma mulher que se organiza para desmascarar um ladrão”, afirma o diretor. Além disso, a linguagem e a criação musical, por serem do mesmo compositor, também se aproximam.

Vem acompanhar de perto!