Quer conhecer melhor o trabalho de uma soprano? Hoje você confere por aqui uma entrevista com a soprano Camila Titinger, que se apresentou em uma das edições do projeto Além da Canção, com o concerto Clara e Fanny.
Camila destaca que é uma honra poder interpretar a obra de duas compositoras mulheres tão importantes, mas que não tiveram o devido reconhecimento em sua época. Para a cantora, a música é como uma forma de se comunicar e transformar o mundo.
“Quando vou cantar penso no que eu posso transformar em mim e nas pessoas. Gosto de pensar em utilizar essas obras para transformar pessoas, já que assim podemos transformar o mundo, mesmo que aos poucos”, afirma a soprano.
Atualmente Camila se dedica ao canto erudito e a paixão por essa área começou na adolescência quando, aos 17 anos, ela assistiu uma ópera pela primeira vez na vida, no palco do #NossoTheatro. Quando assistiu ao espetáculo, Camila decidiu que queria fazer aquilo para o resto da vida.
“Aquilo me remeteu a todas as coisas que eu amava desde pequena, aquele canto erudito com um alcance enorme, é uma projeção vocal forte, que chega com um refinamento de som que emociona”, lembra.
Ela começou a cantar aos sete anos de idade e conta que já escutava piano e também música clássica desde a barriga da mãe, que é pianista.
“Ela estava grávida de mim enquanto fazia a graduação em piano, acho que isso influenciou. As minhas referências musicais começaram com o piano clássico. Ainda criança eu percebi que amava cantarolar e comecei a fazer isso naturalmente na vida”, destaca.
Para se preparar para um concerto como esse, Camila Titinger começa a conhecer a obra como um todo, depois faz um mergulho profundo no texto, para relacionar a interpretação do texto e da música, sempre buscando referências.
“Quando o texto é em outra língua, em alemão, por exemplo, faço um coaching de fonética para entender a pronúncia daquela língua. Outra parte importante é o meu estudo comigo mesma, para pensar na canção e nos ajustes técnicos para alcançar diferentes cores e sons para a minha interpretação”, conta Camila.
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