Dentro da série lírica do Theatro São Pedro serão onze títulos: Dido e Eneas, de Henry Purcell, O Rapto do Serralho, de Wolfgang Amadeus Mozart, O Voo Através do Oceano e Aquele que diz Sim, de Kurt Weill, Raposinha Astuta, de Leoš Janácek, Cinderela, de Pauline Viardot, Os Conspiradores, de Franz Schubert, a estreia mundial de O Machete, de André Mehmari, além do espetáculo com os três títulos produzidos pelo Atelier de Composição Lírica do Theatro São Pedro.
Sem excluir os compositores mais encenados, como a escolha de O Rapto do Serralho, de Mozart, procura-se equilibrar a programação ao escolher títulos mais raros de serem encenados no Brasil e que sejam adequados ao perfil do Theatro São Pedro de modo a oferecer ao público uma diversidade do espectro operístico como, por exemplo, a montagem da ópera Cinderela, da compositora Pauline Viardot.
A ênfase continua sendo privilegiar o repertório barroco, com Dido e Eneas, de Henry Purcell, e a escolha dos títulos mais contemporâneos, além de estreia de obras como O Machete, de André Mehmari, uma parceria entre a Santa Marcelina Cultura, a Sinos, a Funarte e a Universidade Federal do Rio de Janeiro
A temporada lírica da Orquestra do Theatro São Pedro inicia no mês de março com a montagem de Dido e Eneas, do compositor inglês Henry Purcell (1659-1695). Considerada uma das grandes obras do barroco inglês, a ópera foi composta em 1688 e se baseia no Livro IV da Eneida do poeta romano Virgílio, que narra a trágica história de amor entre Dido, a Rainha de Cartago, e Enéias, herói troiano.
A direção musical é de Luis Otavio Santos, especialista em música antiga, e a direção cênica é de William Pereira. A dupla foi responsável pela direção da ópera barroca Alcina, de Händel, que subiu ao palco do Theatro São Pedro em 2018. Giorgia Massetani assina o cenário, Caetano Vilela a iluminação, Olintho Malaquias o figurino e Tiça Camargo o visagismo.
O elenco é formado pela soprano argentina Maria Cristina Kiehr (Dido/Elissa) Marilia Vargas (Belinda), Johnny França (Eneas/Phoebus), Homero Velho (Feiticeira/Spring), Daiane Scales (Primeira bruxa/primeira mulher), Ludmila Thompson (Segunda bruxa) e Jabez Lima (Marinheiro). As récitas acontecem nos dias 09, 10, 11 e 12 de março.
A programação prossegue com um título do compositor austríaco Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791): O Rapto do Serralho, que será apresentada no mês abril, em oito récitas. Com libreto de Gottlob Stephanie baseada na obra Belmont und Constanze, de Christoph Friedrich Bretzner, a ópera estreou em 16 de julho de 1782, no Burgtheater, em Viena, sob a regência do próprio compositor.
Esta obra é na verdade um singspiel, uma ópera tipicamente germânica que mistura diálogos falados e árias. O enredo de O Rapto do Serralho, ambientado na Turquia, contemplava a moda vigente dos temas orientais.
O Rapto do Serralho é a primeira das cinco grandes óperas mozartianas e inaugura o período vienense do compositor. A direção musical é de Cláudio Cruz e a direção cênica de Jorge Takla.
A Santa Marcelina Cultura convidou também a dupla para dirigir, em 2018, a montagem de Sonho de uma Noite de Verão, de Benjamin Britten, que foi eleita a melhor produção operística do Brasil pela Revista CONCERTO, e a melhor de São Paulo pelo júri técnico do Guia Folha, do jornal Folha de S. Paulo.
A montagem conta ainda com cenário de Nicolas Boni, iluminação de Ney Bonfanti e figurino de Fábio Namatame. No elenco Ludmila Bauerfeldt (Konstanze), Daniel Umbelino (Belmonte). Ana Carolina Coutinho (Blondchen), Jean William (Pedrilho) e Luís Otavio Faria (Osmin). As récitas acontecem nos dias 14, 16, 19, 21, 23, 26, 28 e 30 de abril.
A temporada de 2023 contempla mais dois títulos de Kurt Weill e Bertolt Brecht. Ira Levin (direção musical) e Alexandre Dal Farra (direção cênica), que também dirigiram Os Sete Pecados Capitais, em 2021, e A Ópera dos Três Vintens, em 2022, voltam ao Theatro São Pedro para apresentar o programa duplo: O Voo Através do Oceano e Aquele Que Diz Sim.
A montagem tem cenografia de Stephanie Fretin, iluminação de Wagner Antonio e figurino de Awa Guimarães. O elenco conta com nomes como o tenor Flavio Leite, o barítono Vitor Mascarenhas, a soprano Manuela Freua, a mezzo-soprano Luciana Bueno e o baixo Anderson Barbosa, entre outros. As récitas acontecem nos dias 11, 12, 13 e 14 de maio.
Raposinha Astuta, terceiro título do compositor tcheco Leoš Janáček (1854-1928) que a Santa Marcelina Cultura leva ao palco do Theatro São Pedro, estreia no mês de julho. A ópera em três atos, com libreto do próprio compositor a partir da novela Liška Bystrouška, de Rudolf Těsnohlídek será encenada no idioma original.
A montagem inédita tem direção musical de Ira Levin, concepção, encenação e figurino de André Heller-Lopes, cenografia de Renato Theobaldo e iluminação de Fábio Retti. No elenco Vinicius Atique (Guarda Florestal), Carla Caramujo (Raposinha e raposinha jovem), Denise de Freitas (Raposo), Giovanni Tristacci (Professor/Mosquito), Gustavo Lassen, (Harasta, o caçador de aves) e Saulo Javan (Padre/Texugo), entre outros. As récitas acontecem nos dias 21, 23, 26, 28 e 30 de julho e 2, 4, e 6 de agosto.
No mês de outubro, o Theatro São Pedro apresenta uma montagem dedicada ao público infanto-juvenil; Cinderela, de Pauline VIardot (1821-1910). A ópera em três atos, com libreto da própria compositora, será apresenta em português, com versão de André Dos Santos e orquestração de Juliana Ripke.
A montagem conta com a direção musical de Priscila Bomfim e direção cênica de Julianna Santos. Giorgia Massetani assina o cenário, Fábio Retti a iluminação e Fábio Namatame o figurino. O elenco traz a soprano Marly Montoni no papel de Cinderela, o tenor Mar Oliveria como o Princípe e o tenor Jean William como o Conde Barigoule, entre outros. A estreia acontece no dia 05 de outubro e as demais récitas nos dias 06, 08, 11, 12, 13, 14 e 15 de outubro.
Ainda no mês de outubro acontece o espetáculo composto pelos três títulos produzidos pelo Atelier de Composição Lírica do Theatro São Pedro, programa que tem como objetivo fomentar a composição de obras operísticas inéditas. A direção musical é de Leonardo Labrada e a direção cênica de Inês Bushatsky. Fernando Passetti assina a cenografia, Aline Santini e iluminação, Awa Guimarães o figurino e Tiça Camargo o visagismo. As récitas acontecem nos dias 26, 27, 28 e 29 de outubro.
Os ingressos para as óperas da temporada lírica 2023 da Orquestra do Theatro São Pedro custam R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia).
Este site utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Consulte a Política de Privacidade para obter mais informações.