O Theatro São Pedro, equipamento ligado à Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado, anuncia a sua programação completa do ano. A temporada lírica conta com quatro montagens originais: La Clemenza di Tito,de Mozart – que estreou na última sexta-feira (26) e fica em cartaz até 5 de maio –, O Caso Makropulos,do compositor tcheco Leoš Janáček – que terá sua primeira montagem no Brasil –, L’Italiana in Algeri, de Gioachino Rossini, e a estreia mundial de Ritos de Perpassagem, ópera encomendada pela Santa Marcelina Cultura ao compositor contemporâneo brasileiro Flo Menezes.
A Orquestra do Theatro São Pedro já apresentou até aqui dois programas sinfônicos e ainda fará mais quatro com maestros convidados, incluindo estrangeiros com trabalhos estabelecidos no Brasil. Eles comandam um amplo e diversificado repertório. Ao todo serão 12 apresentações até novembro, sob a batuta dos regentes Stefan Gaiger, John Boudler, Tobias Volkmann e Simone Menezes. Neste ano, a Orquestra já recebeu os maestros Cláudio Cruz e Luis Otavio Santos.
Entre os cantores que irão dividir o palco com a orquestra nos concertos sinfônicos estão as sopranos Lina Mendes e Carla Cottini,a mezzo-soprano Denise de Freitas, o barítono Vinicus Atique e o tenor Giovanni Tristacci, só para citar alguns. Uma que já passou pelos palcos do São Pedro em 2019 é a soprano Marília Vargas. Pela agenda de música de câmara, diferentes grupos formados por músicos da Orquestra do Theatro São Pedro e convidados irão ocupar o palco do teatro.
Outra programação que sobe ao palco do Theatro São Pedro é a temporada conjunta da Academia de Ópera e da Orquestra Jovem do Theatro São Pedro, grupos artísticos ligados à EMESP Tom Jobim dedicados à formação de jovens músicos e cantores de ópera. Os programas fazem a intersecção entre formação e difusão, e apresentam quatro espetáculos ao longo do ano: as montagens de A Estrela, de Emmanuel Chabrier, e O Peru de Natal, de Leonardo Martinelli – estreia de encomenda conjunta da Santa Marcelina Cultura com em parceria com Dinâmica Produções e Cia. Ópera São Paulo –, o concerto cênico Em Família, e uma apresentação de câmara.
Toda a programação do Theatro São Pedro segue as diretrizes estabelecidas em 2017, quando a casa passou a ser gerida pela Santa Marcelina Cultura. Trabalhando em parceria com a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, a Organização Social tem direção artístico-pedagógica de Paulo Zuben, e gestão artística de Ricardo Appezzato.
Elaborada de forma colaborativa, a programação do teatro conta com a participação ativa dos músicos da Orquestra nas escolhas artísticas, e no convite a regentes e solistas convidados. Valorizando a diversidade e o diálogo, a temporada trabalha com temas e motivos que se entrelaçam, abordando diferentes períodos históricos e vertentes estilísticas, em programas pensados de forma coletiva, fortalecendo a identidade artística da Orquestra do Theatro São Pedro. A venda de ingressos para os espetáculos é feita pela internet, no site theatrosaopedro.byinti.com, e pela bilheteria.
TEMPORADA LÍRICA
Em 2019, o Theatro São Pedro apresenta quatro montagens inéditas. A primeira do ano estreou na última sexta-feira e fica em cartaz até 5 de maio: La Clemenza di Tito, de Mozart. A direção musical é do maestro alemão Felix Krieger e a concepção, encenação e iluminação é de Caetano Vilela.
No elenco, estão as mezzo-sopranos Luisa Francesconi (Sesto) e Luciana Bueno (Annio). O imperador romano Tito Vespasiano está a cargo do tenor Caio Duran. Eles dividem o palco com as sopranos Gabriella Pace (Vitellia) e Marly Montoni (Servilia) e o baixo-barítono Saulo Javan (Publio). Até o próximo fim de semana serão mais três récitas: quarta (1º de maio), sexta (3) e domingo (5).
Em junho, o São Pedro dá continuidade ao ciclo de obras do compositor tcheco Leoš Janáček – iniciado no ano passado com a estreia brasileira de Kátia Kabanová –, desta vez com a ópera O Caso Makropulos, que estreia no dia 14 e fica em cartaz até 23 de junho. Será a primeira montagem da ópera no país – em 2010, o Teatro Municipal do Rio de Janeiro apresentou uma única récita em formato de concerto cênico.
A direção musical será do maestro Ira Levin (EUA) e a direção cênica de André Heller-Lopes, ambos profundos conhecedores da obra do compositor e que repetem a dobradinha de sucesso da montagem de Kátia Kabanová apresentada pelo São Pedro, em 2017. A cenografia ficará com Renato Theobaldo, e a iluminação, com Fábio Retti.
Escrita com base na comédia de Karel Capek, um dos mais influentes escritores tchecos, a ópera é dividida em três atos e tem Elina Makropulos como personagem central. Em busca da longevidade e de manter-se jovem, ela ingere uma poção de elixir que a faz viver por mais de 300 anos, agora sob o nome Emilia Marty, uma arrogante diva de ópera interpretada pela soprano Eliane Coelho.
Para os demais papéis de destaque, o tenor Eric Herrero representa Albert Gregor, um descendente dos Makropulos; o barítono Vinicius Atique faz o advogado Dr. Kolenatý; o barítono Michel de Sousa faz o nobre barãoJaroslav Prus; pai de Janek, interpretado por Daniel Umbelino; este namorado de Kristina, aqui no papel da mezzo-soprano Luisa Francesconi. Os tenores Giovanni Tristacci (Vítek) e Mauro Wrona (Hauk-Sendorf), o baixo Anderson Barbosa (Maquinista), a contralto Natalia Serrano (Faxineira) e a mezzo-soprano Fernanda Nagashima (Criada), fecham a lista.
André Heller-Lopes já dirigiu óperas nos principais teatros do Brasil e exterior, as mais recentes foram Kátia Kabanová, no Theatro São Pedro, Turandot, de Puccini, no Theatro Municipal de São Paulo, em 2018. Ira Levin é mundialmente aclamado pela sua versatilidade musical, já regeu centenas de concertos e montagens líricas, e retorna ao Brasil depois de comandar com sucesso Kátia Kabanová (2018) e o programa duplo Pulcinella/Arlecchino (2017) – vencedor do Prêmio CONCERTO 2017 na categoria Ópera pelo voto popular –, ambas no Theatro São Pedro.
No segundo semestre, o São Pedro realiza mais duas montagens: no dia 2 de agosto estreia o dramma giocoso L’Italiana in Algeri, de Rossini. Composta em dois atos e com libreto de Angelo Anelli, a obra narra a história de uma bela prisioneira sequestrada por terríveis berberes (povos do Norte da África), mas que permanece tranquila, pois sabe que com sua beleza atraente pode fazer o que quiser com eles.
O tradicional enredo de ópera se inverte: dessa vez, a mulher é a heroína que liberta o amante da escravidão. Quem conduz a montagem é a dupla formada pela maestrina italiana Valentina Peleggi, e a diretora cênica brasileira Lívia Sabag.
A partitura é repleta de árias virtuosas – “Pensa ala pátria” contribuiu para o grande sucesso da ópera – e ensembles sofisticados, mas tudo com muito humor. Para encarar este desafio, um elenco formado pela mezzo-soprano Ana Lucia Benedetti (Isabella), amante e salvadora de Lindoro, interpretado pelo tenor Anibal Mancini. Ele, é um escravo italiano de Mustafá, o bei de Argel, aqui representado por um baixo-barítono cujo nome será divulgado em breve. Sua dupla será a soprano Ludmilla Bauerfeldt, como sua esposa Elvira.
Os barítonos Douglas Hann e Rodolfo Giugliani assumem, respectivamente, Taddeo, o idoso pretendente de Isabella, e o capitão Haly, dos corsários do bei. A ópera fica em cartaz até o dia 11 de agosto.
Regente titular do Coro da Osesp, Valentina Peleggi é beneficiária da bolsa Charles Mackerras, da Opera Nacional Inglesa (ENO), e no ano passado regeu a Orquestra do Theatro São Pedro na montagem O Matrimônio Secreto, de Domenico Cimarosa. Paulistana, Livia Sabag é uma das mais importantes profissionais da área no país, e retorna aos palcos brasileiros após memoráveis montagens, como As Bodas de Fígaro (2014) de Mozart, e A Volta do Parafuso (2013), de Britten, no Theatro São Pedro; e Salomé (2014) e Elektra (2016), de Strauss, no Theatro Municipal de São Paulo.
E para encerrar a temporada, o São Pedro apresenta a estreia mundial da encomenda Ritos de Perpassagem (2018-19), ópera do brasileiro Flo Menezes. Definida pelo compositor como uma “NeutrinÓpera em dois Trans-Atos”, a obra – escrita para narrador, 7 vozes solistas, coro, 8 percussionistas, orquestra e eletrônica – gira em torno do Pitagorismo, dos Ritos de Passagem e dos Neutrinos.
Entrecruzando episódios do início e do fim do Pitagorismo – eventos das vidas de Pitágoras (570a.C.-495a.C.) e de Johannes Kepler (1571-1630) –, a obra desafia a narratividade linear operística e aborda aspectos históricos, físico-matemáticos, musicais, filosóficos e políticos do Pitagorismo, situando-o como talvez a mais influente escola de pensamento da história, em meio a um cuidadoso mosaico de textos que vão de Anaxágoras a Roland Barthes, de Pitágoras a Augusto de Campos. Serão três récitas, nos dias 27, 28 e 29 de setembro.
A direção musical será do maestro brasileiro radicado nos EUA Eduardo Leandro, e a direção cênica de Marcelo Gama, brasileiro que atualmente mora na Alemanha. O elenco completo será divulgado em breve, mas a participação do Grupo PIAP (Grupo de Percussão do Instituto de Artes da Unesp) já está confirmada.
A decisão de convidar Flo Menezes para escrever uma ópera original está em consonância com o projeto artístico do Theatro São Pedro, que, desde 2017, dedica parte de sua programação à música nova. Ao encomendar uma ópera a um dos principais compositores contemporâneos vivos, o Theatro São Pedro fortalece a ideia de que uma casa de ópera tem o dever não apenas de apresentar peças de repertório, mas também instigar a produção artística e a investigação de novas linguagens e ideias, ampliando seu diálogo com a sociedade e a arte de seu tempo.
Cada montagem da temporada terá cinco récitas em dias alternados, com a estreia sempre às sextas, seguido de domingo, quarta, sexta e domingo subsequentes. Os horários também são fixos: às 20h; e aos domingos, mais cedo, às 17h. Exceção feita para Ritos de Perpassagem, que terá três récitas em dias seguidos, de sexta a domingo; sexta-feira e sábado às 20h, e no domingo às 17h.
Assim como já ocorreu no ano passado, além de contar com importantes nomes do cenário lírico brasileiro e internacional nos papéis principais, o Theatro São Pedro segue com sua linha de trabalho ao abrir espaço também para jovens cantores, por meio de audições para as demais personagens. O intuito é dar oportunidade aos novos talentos, mesclando experiência e juventude.
Outra proposta que segue para a temporada 2019 são os ensaios abertos e os concertos didáticos com entrada gratuita. No caso das óperas, uma oportunidade de o público conferir de perto os preparativos de elenco e orquestra, nos ajustes finais antes da grande estreia. A iniciativa não só atrai novas plateias como também oferece uma experiência diferente ao público amante da música de São Paulo. Os ensaios acontecem sempre dois dias antes da estreia de cada ópera, às 19h.
Além da temporada profissional, o Theatro São Pedro também vai produzir quatro espetáculos líricos que serão apresentados pela Academia de Ópera e a Orquestra Jovem do Theatro São Pedro, dois corpos de formação, com coordenação de Mauro Wrona. Serão duas montagens de ópera – entre elas uma estreia –, um concerto cênico, e um concerto de câmara.
A programação se inicia nos dias 18 e 19 de maio, com o concerto cênico Em Família – com direção cênica de Iacov Hillel, regência de Juliano Dutra e roteiro de Fábio Brandi Torres, o espetáculo apresenta peças de Mozart, Rossini, Tchaikovsky, Offenbach e outros. Em agosto, é a vez do concerto de câmara com a participação dos pianistas Alexsander Ribeiro de Lara e Wesley Rocha no acompanhamento dos cantores da Academia de Ópera.
Nos dias 26 e 27 de outubro, a Academia de Ópera e a Orquestra Jovem do Theatro São Pedro fazem sua primeira montagem do ano, apresentando A Estrela, de Emmanuel Chabrier, que terá direção cênica de Walter Neiva, e direção musical de André dos Santos. Fechando o ano, em dezembro, é a vez da estreia de O Peru de Natal, do compositor brasileiro Leonardo Martinelli – encomenda realizada pela Santa Marcelina Cultura em parceria com Dinâmica Produções e Cia. Ópera São Paulo. Serão duas récitas, nos dias 14 e 15, com direção musical de Miguel Campos Neto, e direção cênica de Mauro Wrona.
CONCERTOS SINFÔNICOS
A Orquestra do Theatro São Pedro vem trabalhando desde fevereiro, quando abriu a temporada, diferentes conceitos nos programas sinfônicos, sempre em dobradinhas aos sábados e domingos. Com foco na diversidade, os repertórios apresentam ao público reflexões sobre períodos, temas e fazeres musicais, proporcionando uma experiência artística mais complexa e vibrante ao público.
Após os primeiros dois programas sinfônicos do ano apresentados em fevereiro e março, e passada as estreias das primeiras montagens de ópera, a Orquestra do Theatro São Pedro volta à sua programação sinfônica no fim de agosto, com o concerto Essência, que reflete sobre a busca humana por suas origens e destinos.
Sob direção do maestro alemão radicado no Brasil Stefan Gaiger, diretor artístico da Orquestra Filarmônica do Paraná, a Orquestra interpreta uma abertura de Smetana, as Canções Bíblicas, de Dvorák, e a Sinfonia nº 4 de Mahler, famosa pela canção Vida Celestial, que descreve as visões de uma criança recém-chegada ao céu. Dois solistas participam do programa, o barítono Vinicius Atique e a soprano Lina Mendes. Os concertos acontecem em 31 de agosto e 1º de setembro.
O quarto programa, marcado para 12 e 13 de outubro, terá a regente Simone Menezes e a solista Juliana Taino, em repertório chamado Inspirações, que trabalha as influências musicais e sociais de Maurice Ravel, Villa-Lobos e Piazzolla, com destaque para os excertos da opereta María de Buenos Aires, do último.
Nos dias 9 e 10 de novembro, a Orquestra do Theatro São Pedro sobe ao palco com o regente John Boudler, criador e ex-dirigente do Grupo PIAP. Intitulado Cores e Sons, o repertório discorre sobre diferentes texturas e linguagens dos séculos 20 e 21, com obras de Maurice Ravel, Aaron Copland, Charles Ives e do brasileiro Leonardo Martinelli. A solista será a soprano japonesaMasami Ganev.
Encerrando a programação sinfônica, nos dias 30 de novembro e 1º de dezembro a Orquestra do Theatro São Pedro recebe o maestro Tobias Volkmann, ex-regente titular do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. O programa Celebração comemora o bicentenário deJacques Offenbach, e é dividido em duas partes.
Na primeira, um pequeno aperitivo com trechos de suas operetas, gênero pelo o qual compositor se notabilizou no início da carreira; na segunda, excertos de Contos de Hoffmann, exemplo mais bem-acabado da maturidade artística de Offenbach, escrita já no fim de sua vida. O espetáculo tem a participação dos solistas Carla Cottini (soprano), Denise de Freitas (mezzo-soprano), Giovanni Tristacci (tenor) e Michel de Souza (barítono), além de alunos da Academia de Ópera do Theatro São Pedro.
DIVERSIDADE NO THEATRO SÃO PEDRO
Com o objetivo de ampliar o papel do Theatro São Pedro como um dos polos artísticos de São Paulo, a casa abre suas portas ao público e artistas, oferecendo aos amantes de música uma diversidade de espetáculos e estilos musicais.
Em 2019, a Orquestra Jovem Tom Jobim apresenta quatro shows no palco do Theatro São Pedro ao longo do ano – dois já realizados em março. Sob a batuta dos maestros Nelson Ayres e Tiago Costa, a Tom segue sua tradição de visitar grandes nomes da música brasileira, como Dominguinhos, Sivuca e Amilton Godoy, além de interpretar o clássico Clube da Esquina, de Milton Nascimento e Lô Borges. Para isso, a orquestra recebe convidados como Lea Freire, Amilton Godoy, Leila Pinheiro, Gabriel Grossi e Vanessa Moreno, entre outros.
Já em outubro, o Theatro São Pedro é palco da Semana da Voz. Serão cinco dias totalmente dedicados ao canto, e uma das principais atrações da programação é o Coral Jovem do Estado, que completa 40 anos em 2019. Sob regência de Tiago Pinheiro de Souza e com preparação vocal de Marília Vargas, o grupo vai se dividir em três formações para concertos voltados aos períodos barroco e romântico, além de um repertório jazzístico. O Coral terá também a participação de nomes importantes, como do pianista Ricardo Ballestero, do violinista e regente Luis Otavio Santos. A Semana da Voz ainda terá a participação de grupos como o Coral Infantil e o Coral Juvenil do Guri, entre outros.
No mesmo mês, o São Pedro vai receber uma programação bem especial em comemoração aos 30 anos da EMESP Tom Jobim. No dia 6, o público poderá conferir uma série de apresentações com grupos formados por alunos da escola.
Acontece também no Theatro São Pedro o concerto de encerramento do Encontro Internacional de Música Antiga da EMESP Tom Jobim, com a direção artística de Luis Otávio Santos. Em sua 8ª edição, o evento, único no país, reúne alunos de todo o Brasil e do exterior, que vêm a São Paulo para uma semana de imersão em técnicas e no repertório da música antiga, com o qualificado corpo docente do Núcleo de Música Antiga da EMESP Tom Jobim e convidados internacionais. Programação a ser divulgada em breve.
PARCERIA JUILLIARD SCHOOL (EUA)
Em paralelo à programação artística, outra importante ação que irá acontecer em 2019 é a visita de dois professores do Instituto de Artes Vocais da Juilliard School, de Nova York, Mary Birnbaum e Adam Nielsen. Eles irão ministrar atividades como workshops e master classes aos alunos da Academia de Ópera do Theatro São Pedro. A visita acontecerá de 12 a 18 de maio, e o intercâmbio é fruto da parceria da Santa Marcelina Cultura com o conservatório norte-americano, com o apoio Consulado Geral dos Estados Unidos em São Paulo. A parceria entre as instituições já existe há nove anos e impactou mais de 16 mil pessoas em atividades pedagógicas e artísticas.
O QUE JÁ ACONTECEU EM 2019
A temporada 2019 do teatro foi aberta em fevereiro com um concerto cênico dedicado à música como narrativa. Intitulado Narrativas Incidentais, o espetáculo trouxe a Orquestra do Theatro São Pedro sob a batuta do maestro Cláudio Cruz, e concepção de William Pereira. No repertório, os poemas sinfônicos Prometeu, de Leopoldo Miguez, e Idílio de Siegfried, de Richard Wagner; e a abertura Egmont, música incidental de Beethoven. A soprano Marina Considera foi a solista, e o espetáculo contou com narração do ator Luiz Guilherme.
O mês de março foi agitado. A Orquestra do Theatro São Pedro recebeu uma dupla que fez sucesso na temporada 2018 da casa: o maestro Luis Otavio Santos e a soprano Marília Vargas, dois especialistas em música antiga que participaram da elogiada montagem de Alcina, de Händel. Dessa vez, maestro e solista se uniram à orquestra para o programa Contrapontos, que relacionou os períodos Clássico e Romântico por meio de peças de Mozart e a Sinfonia nº 4 de Mendelssohn.
Pela agenda de música de câmara, o São Pedro reapresentou o espetáculo Schumann ou Os Amores do Poeta, realizado em parceria com a São Paulo Companhia de Dança e indicado ao prêmio APCA de 2018. O teatro ainda recebeu o violonista tcheco Vladislav Bláha em recital solo.
GESTÃO SANTA MARCELINA CULTURA
Qualificada como organização social pelo Governo do Estado e Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, a Santa Marcelina Cultura trabalha para dar continuidade às atividades do Theatro São Pedro, casa centenária que se estabeleceu, nos últimos anos, como um dos principais palcos de ópera do país.
Reafirmando seu compromisso com a formação, a Santa Marcelina Cultura busca ampliar o trabalho já realizado pela EMESP Tom Jobim – outro equipamento cultural do Estado sob sua gestão –, de oferecer a jovens músicos a oportunidade de experimentar diferentes formações e linguagens musicais. Buscando integrar a escola com o teatro, a Santa Marcelina Cultura criou, no ano passado a Orquestra Jovem do Theatro São Pedro, que desde então trabalha conjuntamente com a Academia de Ópera.
No ano passado, a programação do Theatro São Pedro foi aclamada tanto pelo público e quanto pela crítica especializada. Destaque para as quatro montagens: o clássico de Shakespeare Sonho de Uma Noite de Verão musicado por Benjamin Britten, eleita a melhor produção operística do Brasil em 2018 pela Revista CONCERTO, e a melhor de São Paulo pelo júri técnico do Guia Folha, do jornal Folha de S.Paulo; O Matrimônio Secreto, de Domenico Cimarosa; a ópera barroca Alcina, de Händel; e a estreia no Brasil de Kátia Kabanová, obra do século 20 do compositor tcheco Leoš Janáček e que ficou em terceiro lugar na eleição do Guia Folha.
Em 2017, mesmo com apenas oito meses de trabalho após assumir a gestão em maio daquele ano, apresentou três montagens líricas, com Don Giovanni, de Mozart, a opereta La Belle Hélène, de Jacques Offenbach, e um programa duplo com o balé Pulcinella e a ópera Arlecchino, de Igor Stravinksy e Ferruccio Busoni, respectivamente. Todas foram muito bem recebidas pelo público e crítica. Esta última, inclusive, venceu o Prêmio CONCERTO 2017 como melhor montagem de ópera em votação popular.
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